terça-feira, 15 de abril de 2014

Bomba Telexfree

Ao recuperar a este artigo (artigo 11) a empresa não pediu falência mas sim tempo para se restruturar.
Esta proteção contra a possível falência, permite que até ordem em contrário de um juiz, a empresa não pague a ninguém e suspenda as suas atividades.
De duas coisas pode acontecer;
1- O juiz decidir que a empresa é viável, mediante o projeto de recuperação apresentado pela mesma, e assim a telexfree tem que pagar as dividas aos seus credores, ou seja divulgadores, e outros cliente (quem comprou VOIP`).
Mas uma coisa é certa quem tinha contas antigas e já recuperou o seu investimento, pela lógica já não é credor, por isso para estes a Telexfree deixou de ser uma fonte de financiamento. Mas para quem ainda não recuperou o investimento, tanto nas contas antigas como novas, é um credor e pode ainda recuperar o seu dinheiro de volta.
2- Outra situação, é o juiz decidir que a empresa não tem recuperação, e assim dará ordem para que se faça um liquidação dos bens da empresa, para assim pagar as dividas. Mas o problema, como sabemos a empresa não tem produtos “fisicos” ou bem “duráveis”, por isso se as contas bancárias estiverem algum dinheiro, o primeiro credor a receber será o governo dos EUA e depois os outros credores, ou seja nós seremos os últimos da lista.
De qualquer forma, mesmo que a empresa recupere em termos legais para poder voltar a funcionar, nunca irá se recompor porque ninguém tem confiança em reinvestir em empresa falida.
Pergunto alguém voltaria a colocar dinheiro no BPN?

Bancos de Portugal
Para quem pretender saber o que diz a lei 11 dos EUA relativamente a empresas, aqui fica;
Cumprimentos
O Capítulo 11 da lei de falências norte-americana, à qual o
banco de negócios Lehman Brothers recorreu entre outras empresas, permite a uma empresa com dificuldades financeiras continuar funcionando normalmente, dando-lhe um tempo para chegar a um acordo com seus credores.
A proteção do Capítulo 11 pode ser requerida seja pela empresa em dificuldades, seja por um de seus credores. Este procedimento significa uma vontade de reestruturação da companhia, sob o controle de um tribunal.
Essa é a maior diferença entre o Capítulo 11 e o Capítulo 7 da mesma lei, que envolve o fim da atividade da empresa. Um administrador judiciário é então nomeado para vender os ativos e organizar a repartição das somas recuperadas graças a estas cessões entre os credores.
Direitos e obrigações
O Capítulo 11 permite ao devedor manter todos seus ativos, se opor às demandas de seus credores, adiar os prazos de seus pagamentos e até reduzir unilateralmente sua dívida. Em contrapartida, obriga a empresa que se coloca sob sua proteção a dar ao juiz das falências informações detalhadas sobre o andamento das transações sobre seus credores.
A companhia que solicita esta proteção também deve preparar sua demanda da forma mais detalhada possível para informar devidamente o juiz e seus credores de sua real situação financeira.
Se as transações transcorrem bem, a empresa consegue do juiz e dos credores um plano de reorganização dentro de um prazo de até vários meses. Trata-se de um contrato que estipula a forma como a companhia vai pagar suas dívidas e de onde virá o dinheiro que servirá para este fim.
A reforma da lei em 2005, que tinha como objetivo tentar conter as falências repetidas e os abusos, endureceu as condições do Capítulo 11, limitando o período durante o qual as empresas podem definir elas mesmas as modalidades de seu plano de reorganização.
A reforma também limita as possibilidades das empresas de oferecer prêmios especiais a seus dirigentes para mantê-los no cargo quando as contas estão no vermelho.
Nos últimos anos, várias grandes empresas americanas, como as companhias aéreas United Airlines, US Airways, Delta Airlines e Northwest, a corretora da energia Enron, a empresa de telecomunicações WorldCom e o grupo de distribuição KMart pediram para se beneficiar da proteção do Capítulo 11 da lei de falências

Nenhum comentário:

Postar um comentário